terça-feira, 13 de abril de 2010

DESPESAS NA TRANSFERÊNCIA, ESCRITURA E REGISTRO DO IMÓVEL

A compra do primeiro imóvel a gente nunca esquece. Muito menos do susto causado pela necessidade de mais dinheiro para arcar com as despesas de transferência, escritura e registro do imóvel nos respectivos cartórios e órgãos públicos.
Para não ser pego de surpresa, o futuro comprador deve fazer uma reserva financeira na fase que antecede a aquisição da unidade, para cobrir sem sobressaltos os gastos legais com a documentação do imóvel, pagos à vista.

As tabelas dos Tabelionatos de Notas (que lavram as escrituras) e dos Cartórios de Registro de Imóveis são progressivas e variam de acordo com o valor total do imóvel. Para os cálculos dessas despesas, vale o que for maior: o valor venal da unidade ou seu preço de venda no mercado.

Num contrato de compra e venda simples, o comprador terá de pagar o Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis – Inter Vivos (ITBI – IV) à prefeitura, correspondente a 2% do valor do imóvel. Mais as despesas com a escritura, em qualquer Cartório de Notas do país, e o registro desse documento no Cartório de Registro de Imóveis da comarca onde o imóvel está situado.

Descontos - Há reduções significativas dessas despesas para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) quando registrados em cartório, o que não ocorre quando os bancos optam por registrar um instrumento particular de compra e venda com caráter de escritura (por outro lado, isso reduz os gastos por dispensar uma escritura em cartório). O ITBI fica mais baixo: 0,5% sobre o valor financiado.

O recibo de pagamento também é relevante, pois todas as despesas que tenham sido incluídas no valor pago, como aluguel de um telefone ou pagamento de condomínio, precisam ser discriminadas. O locador é responsável pelas taxas de informações cadastrais e de elaboração do contrato. Já o IPTU e o seguro contra incêndio podem ser negociados, podendo o inquilino vir a pagar.

O QUE PODE VALORIZAR SEU IMÓVEL

Antes de pensar em reformar um imóvel é preciso ter bastante cautela. Ter em mãos um bom orçamento é fundamental para que todo investimento feito não seja desperdiçado e acabe não agregando valor ao imóvel.

O primeiro passo antes de partir para a empreitada é analisar o que pode ser feito de acordo com a região onde se localiza o imóvel. Existem áreas que não comportam grandes investimentos, já que o potencial de valorização é bastante pequeno. Por outro lado, outras regiões pedem imóveis com características específicas, segundo a estrutura de ocupação do local.

Imóveis comerciais
No caso de um imóvel comercial, é preferível ter cômodos maiores ao invés de diversos cômodos pequenos. Muitas casas antigas acabam virando escritórios, e nesse sentido elas têm que passar por mudanças significativas para se adequarem ao dia-a-dia de uma empresa. Para quem tem um imóvel localizado em uma rua comercial, a recomendação é transformá-lo num espaço corporativo, uma vez que o valor do aluguel tende a ser maior. Desse modo, banheiros dentro de salas não são funcionais. O melhor seria ter dois banheiros por andar, um masculino e o outro feminino.

Deve haver também um cuidado com a instalação elétrica. É preciso reforçar a tubulação para que ela receba uma carga maior de energia, como é o caso de equipamentos de ar condicionado e microcomputadores. Outro item bastante importante está relacionado com os pontos de telefone. O ideal é que não faltem locais para os aparelhos e que haja uma estrutura de rede para a comunicação interna.

No que diz respeito às áreas de serviço, não adianta manter uma cozinha grande. É preciso apenas uma pequena copa, com espaço suficiente para o café, microondas, geladeira e talvez uma mesa. Com relação à frente do imóvel, a demanda é por áreas de estacionamento fácil, com entrada para veículos. Grandes jardins acabam sendo vistos como espaços ociosos, o que do ponto de vista do mercado não é tão bom. Não se esqueça de dar uma revisão no telhado, para evitar futuros problemas. Na hora de pintar, prefira cores claras e neutras, pois futuro cliente é quem escolherá os tons finais.

Imóveis residenciais
Para quem utiliza imóveis para viver de renda, adequá-lo às exigências do mercado pode aumentar o preço do aluguel. Se você é dono de uma casa antiga, de quatro dormitórios e apenas um banheiro, transformá-la numa de duas suítes já é um bom começo. Talvez não valha a pena gastar muito dinheiro para fazer grandes alterações, até pelo valor do aluguel, que dificilmente passa de 0,7% do preço do imóvel.

O importante é que os banheiros e a cozinha estejam em bom estado de conservação, com pisos e azulejos relativamente novo e com cores claras. Dê preferências aos pisos de cerâmica na hora de alugar. Continua valendo o conselho de não se investir muito com reforma, especialmente se você pretende vender o imóvel depois.

Lembre-se que qualquer reforma pequena vai custar entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, e em alguns casos pode ser um péssimo negócio. É fundamental estar também assessorado de um bom profissional da área para não haver prejuízos posteriores.

Fonte: InfoMoney

Fique atento à mordida do Leão na hora de vender e alugar imóvel

Até mesmo na hora de vender ou alugar um imóvel, o brasileiro se depara com o Imposto de Renda, que diminui o lucro com as operações. Por isso, é preciso tomar bastante cuidado na hora de aceitar as ofertas que aparecem.

“Quem vive da renda de aluguéis paga até 27,5% de impostos. Já quem vende um imóvel pode acabar tendo de deixar 15% sobre o lucro da operação, ou seja, preço da venda menos preço da compra”, explicou o diretor da RNC (Rede Nacional de Contabilidade), Marcos Apostolo. “Então, é importante que a pessoa esteja atenta às regras do IR sobre a venda ou aluguel e procure orientação quando não souber realizar o negócio da forma correta”, orientou.

Venda de imóveis
No caso de quem vai vender o imóvel, o interessante é prestar atenção às situações em que há isenção total, como quando o imóvel foi comprado antes de 1969; quando ele tem valor até R$ 440 mil e for o único do proprietário desde que ele não tenha realizado nenhuma compra ou aquisição nos últimos cinco anos; quando o dinheiro é aplicado na compra de outro imóvel em até 180 dias; e quando a propriedade tiver valor até R$ 35 mil.

Além disso, existem as isenções parciais, oferecidas às pessoas que compraram o imóvel entre 1970 e 1988 e para aquelas que têm mais de um imóvel.

Aluguel de imóveis
Em relação a quem vai alugar um imóvel, saiba que, se o inquilino for uma empresa, ela mesma será a responsável pelo recolhimento do imposto que, por sua vez, deverá ser informado como Rendimento Tributável recebido de Pessoa Jurídica, informando a parcela de IR já retida na fonte.

Se for uma pessoa física, poderá ser recolhido mensalmente sobre o valor do aluguel, através do carnê-leão. Neste caso, antes de calcular o imposto, é possível deduzir as despesas permitidas por lei da base de cálculo.

O pagamento de imposto só acontece se o valor líquido do aluguel for igual ou superior a R$ 1.434,59 ao mês, sendo que valores abaixo disso são isentos, para o exercício 2010 (ano-base 2009). No entanto, esse rendimento deve ser incorporado à sua renda mensal, somando salários e eventuais aposentadorias.

Neste sentido, isto significa que, se você recebe R$ 500 por mês de aluguel, estaria, teoricamente, isento do pagamento do Imposto de Renda. Mas, se você possui um salário de R$ 1 mil, que também seria isento de IR, por exemplo, sua renda tributável será de R$ 1.500, acima, portanto, do teto de isenção do Imposto de Renda. Neste caso, fica claro que nem sempre o rendimento de aluguel na faixa de isenção está isento da incidência do IR.


Fonte:http://web.infomoney.com.br/templates/news/view.asp?codigo=1823794&path=/suasfinancas/imoveis/compra/

RENDIMENTO PARA QUEM SABE ESPERAR

Depois de passar algum tempo guardando suas economias, você decidiu investir o seu dinheiro, e como não tem tanta urgência em ver o retorno do seu investimento, a aquisição de imóveis pode ser uma boa opção.

É preciso levar em conta que quem investe em imóveis busca rendimentos satisfatórios com aluguel e valorização da área em que ele se encontra. Apesar de para alguns soar como desvantagem, a baixa liquidez (conversão do bem em dinheiro) dos imóveis costuma ser um forte atrativo para quem é indisciplinado com dinheiro.

INVESTINDO NA PERIFERIA
Entre as formas de se obter uma maior valorização do seu imóvel, investir na compra de casas e apartamentos na periferia é uma excelente maneira de conseguir, em um período menor de tempo, que seu investimento deslanche.

A tendência de valorização de imóveis situados na periferia das cidades é maior em relação aos situados nos centros urbanos. No primeiro caso, a Prefeitura da cidade certamente investirá em infra-estrutura, como pavimentação, esgoto e iluminação, entre outros fatores que irão ocasionar a sua valorização. O mesmo não ocorre nos centros das cidades, que já contam com toda a infra-estrutura pronta. Nesses casos o índice de valorização chega a ser menor que a inflação.

Por último, é importante que você tenha reservas financeiras para emergências, caso decida investir no mercado imobiliário, pois a venda do imóvel da noite para o dia só acarretará prejuízos ao proprietário, considerando que dificilmente ele fará um bom negócio com tanta pressa.

quarta-feira, 31 de março de 2010

BC defende criação de índice de preços de imóveis

Data: 19/03/10
Fonte: Último Segundo
Por: Agência Estado

O diretor de Normas do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, defendeu hoje a necessidade de criação de um índice de preços de imóveis. Segundo ele, essa é uma agenda de “curto prazo”, mas cuja discussão ainda está no início.

Tombini explicou que o índice seria elaborado não pelo BC, mas por outra entidade, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Há uma necessidade de termos um indicador de preços confiável, robusto e com bastante abrangência. Não só para o mercado definir estratégias e mensurar riscos, mas também para o monitoramento do regulador e por parte das próprias instituições”, disse o diretor do BC. “Precisamos avançar nisso, tendo em vista perspectivas para o segmento de crédito imobiliário.”Segundo Tombini, o crédito imobiliário vai crescer mais que outras linhas nos próximos anos, liderando a expansão do crédito no País. “Para que esse crescimento se dê em bases sustentáveis, é importante ter informações confiáveis para desenho das políticas”, afirmou.

O diretor enfatizou ainda a importância da segurança nos financiamentos, especialmente na “originação do crédito”, para evitar problemas futuros para a economia. “A qualidade da expansão do crédito é muito importante. O BC está atento para atuar com medidas de caráter prudencial”, disse.

Tombini ressaltou que o avanço do mercado imobiliário está ocorrendo por conta da estabilidade macroeconômica e também pelo melhor “arcabouço legal”. Ele lembrou que o nível de crédito imobiliário em relação ao tamanho da economia no Brasil ainda é baixo, havendo bastante espaço para crescimento. “Nosso dever é cuidar para que isso ocorra em bases sólidas e sustentáveis”, completou.